segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Dilma again

     Não há que se falar que a Presidenta Dilma tergiversou no episódio da demissão de Carlos Lupi. Ela tem o tempo dela. Além disso, a prerrogativa, exclusiva, de demitir ministro de Estado é dela. É evidente que a conjuntura que culminou com a demissão de Lupi (que não é, em si, um fato isolado), levou-a a postergar em alguns dias o defenestramento do pretenso herdeiro de Brizola. Mas a Presidenta não vai ter descanso nem vai poder ter a sua atenção totalmente voltada para a solução dos grandes problemas que afligem o País e o povo brasileiro. Não é que mal se consuma a demissão de Lupi eis que a Presidenta tenha a sua agenda invadida por novas denúncias envolvendo outro ministro. Só que, nesse caso, é um ministro da sua exclusivíssima conta pessoal. Trata-se, como já é do pleno conhecimento de todos, da denúncia publicada no jornal O Globo acusando o ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel de recebimento R$ 2 milhões em razão de “consultorias” prestadas da mesma forma e o mesmo “modus operandi” daquelas consultorias prestadas pelo ex-ministro Antonio Palocci.   Aí, nesse caso, o ministro Pimentel, que é amigo pessoal da Presidenta desde a adolescência, sabe que ele não é Carlos Lupi, ou seja, ninguém melhor do que ele sabe que a denúncia de O Globo procede ou não. Se procede afigura-se um malfeito e aí ao ministro  só resta poupar a sua Presidenta de novos, dolorosos e evitáveis constrangimentos. Senão se o ministro tem plena consciência da licitude das consultorias prestadas e dos valores recebidos que vá à luta em defesa de sua honra e de sua biografia. E aí, ele nos terá, todos, ao seu lado.     

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